quarta-feira, 8 de junho de 2011

Fantasias sexuais

Sexo e as fantasias

.Sexo, a palavra mais procurada nos sites de busca do mundo todo. O tema mais recorrente em qualquer revista feminina ou masculina. Assunto que causa sempre polêmica e curiosidade. "Você faria sexo a três?" "Você faria troca de casais?" "Será que eu confesso minha fantasia sexual?" "Qual é a fantasia sexual mais recorrente?" "Qual é a melhor posição?" " Qual é o tamanho do pênis que as mulheres mais gostam?" "Como satisfazer um homem na cama?" "O que fazer para dar mais orgasmos à mulher?" As perguntas são inúmeras e têm muitos livros disponíveis e dispostos a responder essas e outras perguntas.

Não cabe a nós responder a todas, mas sim a que mais aflige: "Até aonde podemos ir quanto às questões sexuais sem que prejudique o relacionamento?" Na verdade, essa pergunta responde muitas das questões sobre as fantasias sexuais.

No início da relação, as fantasias sexuais realizadas são as mais comuns: lugares diferentes, motéis diferentes, posições variadas, mas nada muito fora do padrão, afinal não se conhece ainda tão bem o outro a ponto de inovar tanto. Com uma relação em médio prazo, as confissões de fantasias ficam mais livres, já que há intimidade para tanto. Numa relação de longa data, o medo de assustar o outro começa, pois tudo que é padrão ou comum, mas dentro da aceitabilidade, já foi realizado. Para sair da rotina, os casais começam a se interessar por novidades. Ouvem ou lêem histórias de outros casais que fizeram troca de casais (há casas de swing/troca de casais que proporcionam esses encontros em São Paulo e no Rio e em grandes cidades do mundo), que fizeram sexo a três, que participaram de suruba... A curiosidade em passar por essas experiências sexuais gera um conflito interno: "Será que ele (a) aceitará tal fantasia?" "Em qualquer caso, mudará algo na nossa relação?".

"Sou casado e adoraria transar a três: eu, minha mulher e mais outro homem. Só que quando revelei isso pra ela, quase  foi o fim do nosso casamento; ela achou que eu não estava mais gostando dela, o que não era verdade, pelo contrário, eu só contei a ela uma fantasia que eu tenho. O incrível é que passado muito tempo, agora é ela quem fala sobre o assunto quando estamos transando, porém eu fiquei tão frustrado com o que aconteceu que agora só rolaria se ela tomasse a iniciativa. Como não experimentei esse tipo de transa , o que eu acho é que o casal deve está muito afim para que a transa possa ser boa e se despir de todos os preconceitos e tabus que a sociedade hipócrita impõe sobre o assunto."(Carlos , 40 anos).

"Sou casada, moro numa cidadezinha do interior do Pará, meu marido foi meu primeiro namorado e único homem de minha vida. Ultimamente, estou vivendo um problema, tenho algumas fantasias sexuais que, digamos, estão fora dos padrões "normais" da nossa cidade. O meu marido nasceu e se criou nessa cidadezinha, e eu, ao contrário, saí de lá para estudar na capital, onde conheci, através de conversas com minhas colegas de faculdade, a liberdade sexual que existe na cidade grande. Eu nunca tive coragem de contar ao meu marido as minhas fantasias, por não saber qual seria a reação dele. Já aconteceu por diversas vezes: quando temos relações sexuais, fecho os olhos e fico imaginando que tem alguém na cama transando conosco, e isso até faz com que eu atinja o prazer mais rápido. Será que isso pode ser considerado traição? Será que devo contar ao meu marido as minhas fantasias ou devo passar o resto de minha vida com esses desejos reprimidos dentro de mim?" (Lucila , 22 anos).

"Nunca tive coragem de dizer pra minha namorada que gostaria de vê-la transando com outro. Eu também gostaria que ela me visse transando com outra.
Acho que não tem nada demais, é só pra apimentar a relação, pra manter o relacionamento quente. É mais um fetiche como vários outros."
 (Daniel , 31 anos).

Para resolver a dúvida sobre se o (a) parceiro (a) aceitará ou não a sua fantasia sexual dependerá apenas de uma conversa franca e bem colocada. Evitando más interpretações, você deve explicar muito bem que você ainda o (a) ama e que tem desejo de realizar tal fantasia. Pergunte como ele (a) se sente em relação a isso e pergunte se ele (a) tem alguma fantasia que ainda não revelou. Se a resposta for negativa, não adianta insistir. A insistência só originará conflito na relação.

Caso a resposta seja positiva, juntos vocês devem avaliar como cada um se sentirá realizando tal fantasia. Se a sensação for negativa, ainda que um pouco, melhor é não realizá-la. Ambos devem lembrar que o fundamental é a preservação do relacionamento sadio e não somente a satisfação de prazeres, por vezes passageiros, sexuais.

Se vocês acreditam que a relação está um pouco fria, sem entusiasmo na cama, experimentar uma fantasia que incomode um dos dois ou ambos não é a solução. Não estando a relação muito bem, a realização de tal fantasia só pode piorar as coisas.

Cada casal deve ter um diálogo sempre aberto para confissões de fantasias, mas, assim como dissemos em outro texto "O limite da sinceridade", só devem ser reveladas aquelas que você já avaliou as conseqüências da sua realização e constatou que não gerará nenhum problema. Feita essa verificação por você, poderá questionar o (a) outro (a). Daí, a decisão passará a ele (a), pois ele (a) deve também avaliar e chegar à mesma conclusão.

Não temos a resposta se uma fantasia pode sempre destruir a relação, já que as variáveis são as pessoas que compõem o relacionamento. Dependerá muito da avaliação de quão importante é o sexo para vocês e como vocês se sentem em relação à fantasia que se pretende realizar. Temos a informação de que há casais que fizeram sexo a três, por exemplo, e nada mudou na relação; entretanto, há outro exemplo oposto. Os dois ficaram tão desconfortáveis um com o outro que o namoro terminou.

Cabe a vocês dois decidirem o que fazer. Nenhuma pessoa tem a resposta senão vocês mesmos.

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